Um erro no sistema do Nubank permitiu saques indevidos entre a noite de quinta e a madrugada da última sexta-feira (8). O erro no sistema do roxinho possibilitou que clientes realizassem saques em caixas eletrônicos, mesmo sem saldo em suas contas. A instituição explicou que uma oscilação temporária comprometeu a disponibilidade de saques, resultando em transações irregulares nas máquinas do Banco24Horas. Muitos clientes aproveitaram a falha, com relatos de saques que ultrapassaram R$ 4 mil.
Nas redes sociais, internautas publicaram vídeos e comentários sobre a situação, expressando surpresa e, em alguns casos, comemorando obônus” inesperado. No entanto, advogados alertam sobre as consequências legais dessas ações. Especialistas consultados pela UOL Economia afirmaram que realizar saques sem saldo configura crime de furto, conforme o artigo 155 do Código Penal, que prevê penas de até quatro anos de prisão.
Embora o Nubank não tenha especificado as medidas que tomará para lidar com o ocorrido, os advogados recomendam que a instituição identifique os clientes que realizaram os saques indevidos e busque recuperar os valores. Este processo deve envolver uma investigação da origem da falha, visando posteriormente a devolução do dinheiro e a aplicação de sanções, se necessário.
Os clientes que efetuaram saques indevidos podem, em tese, enfrentar responsabilidades criminais. No entanto, existe a possibilidade de um acordo com o Ministério Público. Caso os envolvidos reconheçam o erro e atendam a certas condições, como a devolução dos valores, poderão evitar um processo judicial completo por meio de um acordo de não persecução penal, conforme a advogada Beatriz Alaia Colin.