A situação de Erlon Botelho, apontado como articulador de institutos fraudulentos, ganhou novos desdobramentos nesta segunda-feira (18). A irmã e a sobrinha de Erlon foram ouvidas na Delegacia de Polícia Civil de Buerarema, em meio a ameaças e intimidações dele contra elas, em um episódio que elevou a tensão no caso.
De acordo com informações obtidas por fontes ligadas ao site Amarelinho, o próprio Erlon compareceu à delegacia, mesmo não sendo o dia marcado para o seu depoimento, numa clara tentativa de pressionar e intimidar as testemunhas.
O ESQUEMA DOS INSTITUTOS
Erlon Botelho é apontado como responsável por estruturar uma rede de institutos fantasmas para captar verbas públicas. Dois deles estão diretamente sob investigação: o Instituto Potuju e o Instituto Chocolate.
O Instituto Potuju foi o primeiro a ser investigado e teve o fechamento determinado pelo Ministério Público, após graves irregularidades. Contudo, mesmo fechado oficialmente, continua existindo de forma fictícia.
Na sequência, surgiu o Instituto Chocolate, que passou a operar nos mesmos moldes do anterior, servindo como continuidade do esquema fraudulento.
REPASSES SOB SUSPEITA
As apurações já confirmaram que os dois institutos receberam recursos de diversas fontes públicas:
Governo Federal;
Prefeitura de Jussari;
Consórcio CIMA.
Agora, também é investigado se houve repasses da AMURC (Associação dos Municípios da Região Cacaueira), o que ampliaria ainda mais a rede de influência e captação de verbas públicas ligadas a Erlon.
AUTORIDADES INVESTIGAM
As denúncias estão sendo analisadas pela Polícia Federal, pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público, que buscam esclarecer onde foram aplicados os recursos recebidos — ou se, de fato, foram aplicados.
As suspeitas reforçam a tese de que Erlon Botelho teria criado uma rede criminosa de institutos fantasmas, operando em diferentes municípios e consórcios, sem sede física adequada, sem transparência e sem benefícios concretos à sociedade, mas com forte captação de verbas públicas.