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ESCÂNDALO EM BUERAREMA: TIA DE DIRETORA DO INSTITUTO CHOCOLATE FOI SERVIDORA DA PREFEITURA ENQUANTO ERA SÓCIA DA ENTIDADE ENVOLVIDA EM FRAUDES

Por amarelinhoitabuna

Conflito de interesses expõe esquema de “laranjas” no Instituto Chocolate, que recebeu recursos do Fundeb da Prefeitura de Jussari

A cidade de Buerarema volta a ser palco de um dos maiores escândalos recentes envolvendo o polêmico Instituto Chocolate, entidade investigada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União por suspeitas de fraudes em contratos públicos.

Documentos oficiais comprovam que uma tia de Ana Karina, atual diretora do Instituto Chocolate, foi ao mesmo tempo servidora da Prefeitura de Buerarema e sócia/diretora da entidade beneficiada com recursos federais da educação (Fundeb).

Servidora e sócia ao mesmo tempo

Segundo registros levantados pela reportagem, a tia de Ana Karina ocupou o cargo de Chefe da Divisão de Material de Expediente na Prefeitura de Buerarema de julho de 2019 a dezembro de 2024.

No mesmo período, seu nome constava também como sócia/diretora do Instituto Chocolate, o que caracteriza um claro conflito de interesse e possível ato de improbidade administrativa.

Recursos federais na mira das investigações

O Instituto Chocolate firmou contratos e recebeu verbas públicas da Prefeitura de Jussari, inclusive do Fundeb, destinadas exclusivamente à educação.

Com uma servidora pública municipal aparecendo como sócia da entidade, a situação se agrava e pode configurar:

Improbidade administrativa;

Crime contra a administração pública;

Nulidade dos contratos com a Prefeitura de Jussari.

Estrutura de laranjas

Apesar das investigações apontarem Erlon Botelho como o verdadeiro articulador e “testa de ferro” do Instituto Chocolate, ele não aparece formalmente nos documentos.

Em seu lugar, constam como sócios familiares de Ana Karina, incluindo pais, tias e até o pai idoso e acamado, de 80 anos de idade, usados como “laranjas” para dar aparência de legalidade à entidade.

Família inteira sob risco

Com o avanço das denúncias, cresce a possibilidade de prisões em massa entre os familiares de Ana Karina.

A diretora, que aparece como responsável direta pela gestão dos recursos, e seus parentes próximos — já listados como sócios formais — podem responder judicialmente junto ao MPF e à PF.

Enquanto isso, Erlon Botelho, estrategicamente, não aparece em nenhum documento oficial que o vincule diretamente ao Instituto, deixando a família da esposa exposta às consequências legais.

Conclusão

O caso reforça a gravidade do emaranhado de fraudes envolvendo o Instituto Chocolate, já considerado um dos maiores escândalos de desvio de recursos públicos na região cacaueira.

A denúncia coloca em xeque não apenas a gestão da entidade, mas também a moralidade da administração pública em Buerarema e Jussari.

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