Em meio às investigações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) sobre os contratos e repasses milionários ao Instituto Chocolate, a diretora da entidade, Ana Karina, esposa de Erlon Botelho, chama a atenção ao desfilar em uma caminhonete de luxo Fiat Toro, avaliada em mais de R$ 150 mil.
Segundo informações levantadas pela nossa reportagem, a placa do veículo aponta para um registro em nome de terceiros, levantando suspeitas de que o casal utiliza “laranjas” para ocultar patrimônio. Para os moradores, não restam dúvidas de quem realmente é a dona do automóvel.
Ocultação de patrimônio?
A pergunta que não cala: qual é o medo de Ana Karina e Erlon Botelho em registrar a caminhonete em seu próprio nome? Se há ocultação de patrimônio, quantos outros veículos, imóveis ou ativos podem estar em nomes de terceiros?
Histórico que pesa
Vale lembrar que Ana Karina foi apontada como funcionária “laranja” da Prefeitura de Jussari na gestão do ex-prefeito Antônio Valete, período em que o Instituto Chocolate — entidade dirigida por ela — recebeu vultosos repasses de recursos públicos, inclusive do Fundeb.
Esse entrelaçamento entre gestão municipal, contratos milionários e possível enriquecimento ilícito levanta ainda mais dúvidas sobre a origem e o destino do dinheiro público.
Polícia Federal precisa avançar
A população cobra que as investigações federais avancem também sobre esse patrimônio não declarado. Afinal, se bens de luxo são adquiridos e ocultados em nome de terceiros, é possível que haja um esquema de blindagem patrimonial que vai muito além da caminhonete de luxo Fiat Toro.
O caso segue sob o olhar atento da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da CGU.