Um ataque de drones em Cabul no mês passado matou até 10 civis, incluindo sete crianças, disseram os militares dos Estados Unidos nesta sexta-feira (17), desculpando-se pelo que consideraram um “erro trágico”.
Mesmo diante do surgimento de relatos de vítimas civis, o principal general dos EUA descreveu o ataque como “justificado”.
O general dos fuzileiros navais Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, disse que no momento do ataque, estava confiante de que havia evitado uma ameaça iminente às forças norte-americanas no aeroporto.
“Nossa investigação agora conclui que o ataque foi um erro trágico”, disse a repórteres.
Ele afirmou que agora acredita ser improvável que os mortos fossem membros da afiliada local do Estado Islâmico, ISIS-Khorasan, ou representassem ameaça direta às forças dos EUA. O Pentágono avalia reparações, segundo McKenzie.
Em um comunicado, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que o ataque com drone matou o senhor Ahmadi, que trabalhava para uma organização sem fins lucrativos chamada Nutrition and Education International.
“Agora sabemos que não havia conexão entre o Sr. Ahmadi e o ISIS-Khorasan, que suas atividades naquele dia foram completamente inofensivas e nada relacionadas com a ameaça iminente que acreditávamos enfrentar”, disse Austin no comunicado.
“Pedimos desculpas e faremos o possível para aprender com esse erro horrível.”