Na tarde desta segunda-feira (14), o fórum de Itabuna sediou a primeira audiência do caso envolvendo o médico Antônio Mangabeira, que enfrenta graves acusações de importunação sexual e estupro. A audiência, que ocorreu em caráter fechado, marcou um importante passo no processo judicial.
Durante a audiência conduzida pelo juiz Eros Cavalcanti, foram ouvidas as testemunhas de uma das vítimas que formalizou a denúncia contra o médico em julho do ano passado. Além disso, dois policiais militares que atuaram na investigação do caso também prestaram depoimento. Participaram ainda da audiência um representante do Ministério Público, a assistente de acusação Andréia Peixoto, e a defesa do médico Antônio Mangabeira.
O caso ganhou notoriedade em julho de 2024, quando a agente comunitária de Saúde, Romilda de Jesus, procurou a polícia para relatar um episódio chocante. Segundo sua denúncia, o médico Antônio Mangabeira a teria beijado à força na boca e realizado toques em suas partes íntimas durante um exame de rotina ocorrido na clínica Oncosul, localizada no bairro Pontalzinho, em Itabuna. A advogada da vítima informou que o juiz determinou a realização de uma perícia em todas as câmeras de segurança da clínica, com o objetivo de auxiliar nas investigações.
Após a denúncia de Romilda, outras mulheres procuraram a delegacia, elevando o número de processos contra Antônio Mangabeira para 26. Todas as denunciantes acusam o médico, especialista em oncologia e hematologia, de estupro ou importunação sexual durante consultas médicas. Em resposta às graves acusações, o Conselho Regional de Medicina da Bahia (CREMEB) instaurou uma sindicância para apurar as denúncias. Adicionalmente, por decisão judicial, o médico foi suspenso de suas atividades profissionais. Antônio Mangabeira deverá ser ouvido ao final de todos os processos, em uma data ainda a ser definida.
A realização desta primeira audiência representa um avanço significativo no caso, permitindo que a Justiça colha os primeiros depoimentos e avance na instrução processual.