A 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) condenou, em junho de 2020, o ex-prefeito de Jussari, Antônio Valete, após identificar falhas graves na assinatura e execução de convênios sob sua responsabilidade.
Por unanimidade, os conselheiros desaprovaram as contas do gestor, determinaram a devolução de R$ 63.569,99 aos cofres públicos e ainda aplicaram uma multa de R$ 3 mil. O montante deve ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de mora.
Na época, embora ainda coubessem recursos contra a decisão, o julgamento expôs Valete como um dos gestores punidos pelo órgão de controle no estado.
A INFLUÊNCIA ATUAL DE VALETE EM JUSSARI
Apesar da condenação, Antônio Valete segue exercendo forte influência política e administrativa em Jussari.
Na nossa última reportagem, denunciamos que empresas ligadas à sua família mantêm contratos ativos com a administração municipal. Em nota de repúdio, o ex-prefeito admitiu que, das cinco empresas citadas, duas estão contratadas pela Prefeitura: uma para prestação de serviços e outra para fornecimento de gás de cozinha a órgãos públicos.
O que Valete não esclareceu foi a ocupação de três cargos estratégicos dentro do atual governo:
Ele próprio atua como Coordenador Escolar de Educação Integral;
Sua esposa ocupa cargo comissionado;
Sua nora exerce a função de Procuradora do Município, posição de alta relevância e decisiva em contratos e pareceres jurídicos.
O cenário é claro: duas empresas contratadas e três cargos de confiança diretamente vinculados ao núcleo familiar do ex-prefeito.
E fica a pergunta inevitável: se isso não for influência direta de Antônio Valete dentro do atual governo municipal de Jussari, então o que é?
Fonte: Falando com autoridade