INSTITUTO CHOCOLATE: USO DE IDOSOS COMO LARANJAS, DESVIO DO FUNDEB E SUSPEITAS DE FRAUDE EM PATROCÍNIOS DO CACAU 500
O Instituto Chocolate, que já recebeu milhões em recursos públicos, inclusive do Fundeb da Prefeitura de Jussarí, agora enfrenta também questionamentos sobre os patrocínios privados captados para o Projeto Cacau 500.
LARANJAS NA DIRETORIA
Nos registros da entidade aparecem como responsáveis:
O sogro de Erlon Botelho, com 80 anos, acamado;
A sogra;
Duas tias idosas da esposa dele;
Uma cunhada.
Ou seja, familiares idosos, sem condições administrativas, foram usados como laranjas para dar aparência de legalidade ao Instituto.
RECURSOS PÚBLICOS E PRIVADOS
Além das transferências de prefeituras e consórcios — incluindo repasses do Fundeb — o Instituto Chocolate também arrecadou grandes valores junto a empresas privadas e pessoas físicas que patrocinaram o Projeto Cacau 500.
Se ficar provado que esses patrocinadores foram enganados, terão o direito de ingressar com ações judiciais contra Erlon Botelho e contra o próprio Instituto Chocolate, exigindo ressarcimento por má-fé.
O ESTATUTO DO IDOSO E A RESPONSABILIDADE CRIMINAL
O uso de idosos vulneráveis como dirigentes já é alvo de investigações da Polícia Federal, MPF e CGU. A qualquer momento, esse esquema pode ser desmascarado, levando Erlon Botelho a responder não apenas por desvios de recursos públicos, mas também por crimes previstos no Estatuto do Idoso.
Além disso, sua esposa advogada, que aparece como diretora do Instituto, poderá ser responsabilizada por conivência e participação, já que tinha total conhecimento da estrutura irregular.
UM CERCO QUE SE FECHA
Com a soma de recursos públicos e privados sob suspeita, a situação de Erlon Botelho se complica ainda mais. O cerco jurídico está se fechando, e ele poderá responder não só na esfera criminal, mas também na cível, com indenizações milionárias exigidas por empresas e pessoas que acreditaram nos projetos do Instituto Chocolate.